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Pequeno de Pés no Chão
Moleque, alguns palmos de altura.
Um momento de olhar pra trás:
enquanto eu passo na grama,
lá está ele!
Correndo, fazendo ziguezague,
com os braços abertos
olha pra mim e é feliz.
Sol se põe atrás dele
e eu escuto tudo:
as risadas distantes,
os gritos do jogo de vôlei,
bem longe,
os pássaros, a calmaria.
Ouço o riso do menino
e o som dos passos na grama.
Pequeno de pés no chão,
corre e ri de um lado para o outro,
vem me doar vida.
Tudo fica em paz,
como se esse gramado
não mostrasse os anos que se vão,
como se essas águas
não me fizessem sonhar.
Lá está você, pequeno,
continue sempre assim:
de braços abertos,
faz do mundo teu jardim.
Tulio Ferneda
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