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Montanha

Há um poema naquelas nuvens,
ao longe, no céu do verão.
Elas se movem lentamente,

muito lentamente, 

como o tempo antes de você.

Eu andava por aí,

imaginando um futuro

que levasse de mim

a solidão que ainda me restava,

e então, com leveza,

você me concedeu sua palavra.

 

E quando comecei

a escalar a montanha da sua alma,

estive imediatamente destinado

a pedir licença para te beijar

- pois há em seu coração

um pastor amoroso e alegre,

um despertar de uma primavera única,

uma aceitação de todos os outonos,

uma felicidade cultivada e livre.

Tulio Ferneda

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