

Criando Luna e o Mundo de Aventuras
Eu sempre fui fascinado pela ideia de um pequeno barco se aventurando pelo mar, encontrando animais extraordinários pelo mundo, conhecendo um lugar mais belo que o outro. Essa ideia está presente em várias obras da cultura, como a animação Moana, por exemplo, e poucas imagens passam tão bem a sensação de aventura e descoberta.
Também sou fã de O Pequeno Príncipe, um livro que é ao mesmo tempo simples, sonhador e profundo. Gosto da forma narrativa do livro, na qual o herói viaja de um planeta a outro, e em cada um conhece um novo personagem e aprende algo novo.
Esses dois ingredientes foram fundamentais para a criação de Luna e o Mundo de Aventuras: o imaginário da travessia pelo mar e a forma narrativa de O Pequeno Príncipe. Mas teve um elemento chave, sem o qual eu não teria contado essa história: um exercício de escrita que fosse o mais livre possível, no qual me desprendi da necessidade de um roteiro.
Acho que isso foi o essencial: a diversão e a liberdade criativa. Não planejei cada detalhe da história, dos personagens e do ambiente: ao escrever, só queria deixar as ideias fluírem. Para facilitar esse processo, imaginei uma personagem (Luna), que começa sua jornada numa pequena ilha e sem memória, e deve viver uma aventura para descobrir quem ela é. Assim, ao escrever fui descobrindo junto com ela. E cada novo capítulo era mesmo uma folha em branco, com infinitas possibilidades.
Para mim, escrever esse livro foi uma experiência leve e divertida. Espero que isso tenha se refletido, de alguma forma, na experiência da leitura.
Tulio Ferneda